Texto de Luiz Cidreira
Em 19 de agosto de 1839, ano do cinquentenário da revolução Francesa, o governo francês, através do deputado Francois Jean Dominique Arago, diretor do Observatório de Paris e secretário da Academia de Ciências, anunciou uma reunião conjunta das Academias de Ciências e Belas Artes, à compra da invenção desenvolvida nas duas décadas anteriores por Louis Jaques Mandé Daguerree e Joseph Nicéphore Niepce: A daguerreotipia- Primeiro processo fotográfico a ser entregue ao domínio público.
O Daguerreotipo era um processo positivo direto (não tinha negativo) cuja imagem era formada sobre uma placa de cobre recoberta por uma camada de prata polida e sensibilizada por vapor de sódio. Após a exposição a placa era revelada em vapor de mercúrio e fixada em solução de tiossulfato de sódio.
Quando estudamos a história da fotografia, queremos estabelecer grandes períodos metodológicos, verificamos que, ao contrário de outras técnicas, é difícil fixar tais períodos, pois o âmbito da matéria é muito extenso, compondo-se de ramos muito diversos e que aparentemente nada tem a ver uns com outros.
Se atentássemos no aspecto dos materiais sensíveis, teríamos que estudar uma pré-história que vai desde o século 8, quando já havia um vago conhecimento do escurecimento pela luz, de certas substâncias químicas, até a sensibilização de chapas de cobre, a daguerreotipia.
Não há dúvida de que apesar de politicamente o nome de Daguerre ter sido consagrado, a fotografia nasceu em vários lugares, quase que simultaneamente para se legitimar como meio de expressão e comunicação. No brasil, na Vila São Carlos, atualmente Campinas, o franco-brasileiro Hercules Florence também já escrevia e fazia fotografia.
Nesse sentido, louváveis foram os esforços independentes de Niepce, Fox Talbot, Herchel, Florence, Bayard e possivelmente outros que praticamente partiram do marco zero e alcançaram seus objetivos.
As qualidades extraordinárias do daguerreótipos arrebataram os corações e mentes, na França, naquele ano, abrindo novo período na história da humanidade: a comunicação visual moderna, baseia-se na produção e circulação em escala mundial de imagem fotográfica. O daguerreótipo trazia latente todo o potencial de comunicação dessa nova forma de representação visual: a fotografia.
Atualmente a fotografia deu uma alçada onde já convivemos com a era da digitalização, uma moderna e potente ferramenta na qual não abriremos mão de usá-las com destreza e maestria, contudo queremos dizer que o moderno deve ser conjugado com antigo meio de expressão da imagem que ainda fascina muita gente no mundo afora.
Com um pouco da história desta que foi uma revolucionária expressão da comunicação por imagem desde a época dos percursores como já foram falados anteriormente. Queremos manifestar um grande apreço aos fotógrafos, fotografeiros, retratistas, tiradores de fotos e principalmente os que desta ferramenta tira seu sustento, como profissionais que são, desejar muitas e muitas impressões e revelações na data em que se comemora o Dia da Fotografia: 19 de agosto.