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O Partido dos Trabalhadores, ao longo de poucos anos, construiu uma reputação exemplar, com muito esforço, coragem e sofrimento. Seu manifesto é um grito de liberdade, democrático e popular.
Votar no candidato do PT para prefeito de Araçatuba alimentava a esperança de modificações radicais administrativas em nossa cidade.
Vencida as eleições, e a partir do centésimo dia de governo, alguns eleitores decepcionados, previram que a coligação governava segundo as tradições malulysta. Nada mudou, nada foi modificado. A velha estrutura, imutável, permanece. Tudo ficou como dantes. A mesma peça, o mesmo roteiro, os mesmos personagens nos mesmos palcos.
A conjuntura por sua vez, mutilada, fica solta ao bel prazer de oportunistas e mentirosos, que se dizem preocupados com o município, mas apenas marcam posição para o próximo pleito.
O PT não ganhou as eleições, afirmou o prefeito. A direção do partido que “comanda” a coligação é anêmica, talvez por isso e apartada do jogo político, perdeu todas as oportunidades de intervir e questionar as ‘falhas’, ou supostos ‘enganos’ burocráticos cometidos pelo primeiro escalão administrativo que ‘suporta’ o prefeito Cido Sério.
“Eles não sabem nada da cidade”, assim esbravejou o ex-comunista tucano Walter Feldman, ao bater a porta no nariz do Alkmin. Mais semelhanças ou coincidências?
A vereadora tucana está de olho nos equívocos de digitação na licitação de prestação de serviço de publicidade e propaganda. Equívocos? Essa verba, se aprovada, será dividida entre quantas empresas de publicidade? Dizem as más e as boas bocas, que poucos confiam no atual governo.
A credibilidade perdida interfere cruelmente nas tradições de um nome. Quem poderá acreditar em novas propostas ou promessas desse governo dirigido pela coligação “Araçatuba para todos”?
Isso é coisa nossa. Não me refiro maldosamente à Cosa Nostra siciliana, mas diante de comentários espertos, não sábios, “com a máquina na mão a reeleição é certa”, e la nave vá!
Nunca é tarde para recomeçar. Recuperar o tempo perdido, entre pessoas de bem, é possível. Recuperar o nome é mais complicado. O presidente Lula, certa feita, falou para quem quisesse ouvir: “Qualquer um pode errar; menos eu!”. Esse é o preço de quem milita na esquerda, e ao PT não cabem erros.
Sou brasileiro e não desisto. O Partido dos Trabalhadores não é sigla particular ou de aluguel.
Falta coordenação nas relações humanas entre a prefeitura e seus clientes. Não ser atendido é humilhante para quem procura ajuda. Por duas vezes fiz contato com a administração: Na primeira, o trivial, saber quando poderiam providenciar o fim de um buraco, antigo habitante da minha rua; Não fui atendido.
Na segunda esperei por duas horas que um secretário desses, muito importante, que chegaram da Capital, me passasse uma informação. Fiquei firme, por mais de duas horas, para saber até onde iria à indiferença de um “servidor público de primeiro escalão” por um munícipe invisível.
Atitudes arrogantes desconstrói um governo que poderia ter sido o melhor dos últimos cem anos desta Araçatuba que tem em sua praça central um chafariz num tanque de água podre.
A população periférica precisa de proteção, a prefeitura promete asfalto, mas o centro da cidade é do povo da periferia. Há neste país uma nova classe média a ser entendida e atendida por qualquer governo comprometido com a nação que nasce nos municípios.
O negócio do governo é uma maquina eleitoral? Nesse caso, a propaganda é a alma do negócio. Em todo negócio, a concorrência é uma pedra no sapato.
Quem vai encarar?