quinta-feira, 5 de maio de 2011

Apaga-te



Ali olhando para o luar

Apenas esperando as horas passarem

Ele vai lembrando de seu passado

Lembra de suas desavenças; Lembra de tudo que deixou inacabado

Fica ali parado; durante horas; apenas pensando

Suas horas passam lentamente

Suas memórias se esvaem lentamente

Ele tem uma nova sensação

É como se ele estivesse caindo


Durante a queda, suas lembranças mais antigas passam por seus olhos

As imagens vão chegando cada vez mais perto

Seu sentido não está claro

Ele não entende sua vida

A vida é apenas sombra

Sombras de imagens

Sombras que vão se contorcendo no chão

Imagens que representam desejos não realizados

A queda vai ficando mais intensa

Sonhos retorcidos vêm a sua cabeça

Todos incompletos e, aparentemente, sem nexo

Mas no fundo ele sabe que existe uma conexão

Todos juntos formam uma mensagem

Está mensagem está disfarçada

Ele se sente frustrado por não entender a mensagem

Este sentimento o sufoca

Este sentimento tira o sentido de sua vida

Até que em um suspiro ele consegue se libertar

Ele faz suas as palavras do poeta!

“Fora! Apaga-te candeia transitória”

Ele luta para expulsar estas imagens que ele não consegue entender

Ele luta contra o fato de sua vida ser transitória e, principalmente sem sentido

O que passa pela sua cabeça quando ele diz isto?

As imagens não vão embora

Isto o irrita

Mas ele lembra que sua irritação, sua luta podem estar atrapalhando sua interpretação

Ele para, respira fundo e se acalma

Sua queda vai chegando ao fim

As imagens vão vindo mais rápido

Elas estão começando a fazer sentido

Juntas ele o enviam uma mensagem

Está mensagem está ficando clara

Mas de repente elas esvaem

Sua queda chegou ao fim

Ele se encontra no fundo de um abismo de novo

Mas, a mensagem ficou completamente clara?

Qual é esta mensagem?