domingo, 29 de maio de 2011

O passado



Ele está em uma sala escura

Existe uma porta a sua frente

Ele vai andando lentamente

É um lugar familiar

Este lugar é o seu ‘quarto’

Mas, ele está diferente

A vela já se acabou

As correntes estão quebradas

As portas estão abertas

E Ele não está no canto

Nada o atormenta

A solidão que o cercava crescia a cada instante

Ela era sempre mais ameaçadora

Mais asfixiante

Mas também era a guardiã do seu ‘eu’

Era o aviso que ele estava se libertando

Seu espírito já estava se libertando

Ele estava saindo das sombras para se libertar

Ele ‘criava’ tormentas para se libertar aos poucos

Para deixar seu espírito evoluir

Ele percebia seu livre espírito emergindo aos poucos

Agora a solidão é sua amiga

Ele a usa como refugio

As sombras o ajudam a encontra seu livre espírito

As sombras o ajudam a conte-lo

Às vezes, é necessário conte-lo

Pois ele ainda não se acostumou com ele

Pois o mundo ainda não se acostumou com ele

Mas ainda existe alguém que o compreende

Ou pelo menos ele espera que exista

Pois, na maioria das vezes, as pessoas mostram o contrario