Julio Ernesto Bahr
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Entretanto, tudo indica que o e-mail marketing está condenado no Brasil. A absoluta falta de critérios de formas de envio aos destinatários, o crescimento geométrico desta recente forma de comunicação e o tempo cada vez mais curto dos receptores estão jogando literalmente na lixeira ou isolando como spams praticamente TODOS os e-mails que contenham qualquer insinuação publicitária.
Esta remessa desordenada de e-mails está levando o consumidor a pesquisar de per si os produtos que deseja comprar, acessando diretamente as lojas virtuais e dispensando "recomendações", "ofertas", "promoções", etc., oferecidas por e-mails muitas vezes suspeitos.
Além disso, misturam-se ao e-mail marketing os chamados "Cavalos de Troia", alguns deles expedidos por provedores do exterior, principalmente da Europa Oriental e que nada mais são do que vírus maliciosos.
As agências de propaganda deveriam estabelecer novos critérios e buscar novas soluções para evitar a prostituição deste mercado.
Infelizmente muitos destinatários foram premiados e caíram na “rede” de e-mails comercializados através de listagens ou cds, vendidos em qualquer camelódromo e que agora são “usados e abusados” por empresas, várias delas inidôneas, empurrando aos incautos promoções, terrenos, planos de saúde, ofertas mirabolantes, crédito a granel, spams para falsas atualizações de senhas bancárias, falsas notificações da Receita Federal, falsas intimações policiais, mirabolantes transações bancárias com ugandeses e tudo mais que a imaginação de gente malandra consiga inventar.
Para ampliar o leque da picaretagem, alguns destes e-mails são expedidos por siglas bombásticas, mistura de números, letras e códigos, jamais repetidos, tornando impossível o bloqueio no provedor.
Outro grande problema do e-mail marketing é a incapacidade de várias agências de propaganda ou dos departamentos de comunicação das empresas de prepararem imagens abertas, que mostram imediatamente qual o assunto e a proposta ou oferta. Cada vez que o receptor da mensagem se vê convidado a clicar para abrir algum arquivo, uma sombra de desconfiança já paira no ar.
O admirável mundo novo do e-mail marketing tem ainda um longo caminho a acertar.