segunda-feira, 30 de julho de 2012

A morte é o fim?


José Hamilton Brito

Pode procurar em qualquer cultura e se constatará que aqueles que acreditam que a morte não é o fim é maioria quase que absoluta.

Jamais apareceu uma evidência de que ela seja ou não o fim de tudo...mas insistem em acreditar que não seja..

E ainda apresentam relatos como o acontecido com um pastor chamado Don Piper, que sendo abalroado no seu carro por uma carreta, ficou esmagado no meio das ferragens. Dado como morto, um tempo depois ele deu sinal de vida. Dizem que ele estava morto.

Estava mesmo?

Por que esta crença continua a acompanhar o homem?

Há quem afirme que a espiritualidade nos faz otimistas. Mas eu posso ser otimista e acreditar que a morte seja o fim...ou não posso?

Quando você conversa com as pessoas sobre o tema, o que vê é: acho que sim; creio que a morte não é o fim ou creio que ela é o fim; na minha opinião eu creio; etc.

Podemos ler imensos tratados do que venha a ser a morte, de que ela é um artifício da natureza para renovar a vida, que todos os organismos trazem em si o cronograma do fim e outras teses mas nenhuma caminha para além dela. Quando tentam explicar o que vem depois , é na base do eu creio e do eu acredito.

Bem, não é de hoje que o homem tenta explicar o que ainda não conseguiu saber. Recorremos ao sobrenatural todas as vezes que a rosca espana ao tentar explicar coisas que não compreendemos.. Assim, vamos logo à leitura das mãos pelas ciganas, às cartas do tarô e a todo tipo de clarividência que estiver por perto....ou longe, como ir a pé ate Santiago de Compostela.

A gente se apega à vida porque ela é muito boa por mais difícil que seja e não nos conformamos com a idéia de fim; assim, projetamos nossas esperanças em um futuro que de muito improvável passa a ser realidade e esta um lenitivo.

Não houvesse religião e ninguém estaria preocupado com a morte e o depois dela..

A ideia de um paraíso sendo um lugar ideal para uma boa vida, com fartura de rios, mel, vinho e água vem de pessoas que não tinham nada, que viviam em lugares miseráveis, pessoas simples e que passaram as suas expectativas nos tratados religiosos que elaboraram. Temos estas descrições na Bíblia e no Corão.

Billy Grahan foi um pastor evangelista famoso e sabem como ele descrevia o paraíso?

Como sendo um lugar onde as pessoas vão dirigir carros luxuosos trafegando sobre ruas cobertas de ouro. Seus adeptos gritavam Aleluia! a cada disparate igual.

Uma frase que eu li: “ se não existimos antes, como vamos existir depois “ ?

Estaremos sempre presos à estas ideias porque como se sabe , somente a verdade vai nos libertar...onde encontrá-la.?

A pergunta que eu já fiz e faço novamente : muitas pessoas que me amaram e foram amadas por mim estando “ do lado de lá”, por que sabendo da minha angústia, que de resto é a angústia da humanidade, não chegam e me dizem:

-Neguinho, toma tento. Existe sim uma vida após a morte. Ela será vivida na mesma medida em que você está vivendo agora. Viva bem e terás o paraíso. Caso contrário vai lá pra junto da curintianada