Pedro César Alves
Sou muito fã de futebol (como também de corridas de automóveis), mas nem tanto de escrever sobre o assunto, mas vou arriscar-me, pois dizem que quem não arrisca não petisca – e, tentarei aqui petiscar. Futebol de grandes times, dos que tentam ficar sempre na elite futebolística – mas que muitas vezes já foram engolidos pelos que são chamados de pequenos.
Não seria eu o mais indicado para escrever sobre estes títulos tão almejados pelas torcidas dos respectivos times que citarei – mas veio-me a mente o assunto e não tenho como correr.
É sabido por todos que se interessam pelo futebol que há poucos dias tivemos dois times que saíram de suas respectivas competições invictos – e ambos do futebol paulista: Corinthians e Palmeiras. Tradicionais rivais – que dentro das quatro linhas deram o sangue, se assim posso dizer, fazendo valer os títulos alcançados.
Pela Taça Libertadores da América: Corinthians sagrou-se campeão – pela primeira vez na história do clube que já conta com cento e dois anos de muitas glórias. E tudo alcançado com muitas batalhas – fazendo, por muitas vezes, quase os corações dos corintianos desfalecerem.
Por outro lado, vale lembrar que no Campeonato Brasileiro, Série-A, o Corinthians ainda não começou a jogar – hoje ocupa o décimo nono lugar na tabela de classificação, com apenas cinco pontos (sendo uma vitória, cinco derrotas e dois empates), em oito partidas. Espera-se uma rápida recuperação na tabela – e agora vem um novo reforço: o atacante Paolo Guerrero.
Pela Copa do Brasil: Palmeiras sagrou-se campeão no último dia onze – depois de um jejum de títulos de doze anos. A conquista palmeirense começou a ser construída no primeiro jogo da final, na Arena Barueri: dois a zero sobre o Coritiba. Na segunda partida, apesar do Coritiba sair na frente, o Palmeiras não vacilou e fez sem muita demora o gol (falta batida por Marcos Assunção e um leve desvio de cabeça pelo centroavante Betinho que colocou a bola no fundo do gol) e fez Marcos Assunção, capitão, levantar a taça.
Assim como o rival, o Palmeiras também está mal no Campeonato Brasileiro – ocupa hoje o décimo oitavo lugar na tabela. Conta com os mesmos cinco pontos que o Corinthians, sendo uma vitória, três derrotas e dois empates. Está à frente na classificação pelo critério de gols: fez dois a mais e sofreu um a menos que o rival.
Após este apanhado de informações, de conquistas e rivalidades, vale lembrar que o próximo ano a Taça Libertadores da América promete: imaginem os dois times se enfrentando! Imaginou? Só de pensar o meu coração dispara. Não sei se é de emoção ou se sofrimento – mas só sei que ficarei aguardando este possível encontro!
Serão rivalidades colocadas entre as quatro linhas que cercam não apenas os onze jogadores de cada equipe que estarão disputando, a partir de uma bola, um status maior para a história de seus respectivos clubes, mas também milhares de torcedores querendo também fazer parte deste momento de glória e poder contar – daqui a alguns anos – que viram de perto a tão cobiçada vaga.
Nada melhor para um torcedor é ver o seu time do coração vencer o seu maior rival – mesmo que não seja tão fanático. O sabor da vitória é diferente – pois está alimentando algo que foi criado pela massa. Agora, é necessário que as torcidas atuem de certa forma mais inteligentes a ponto de entenderem que é apenas mais uma disputa – de bola – e não de gladiadores. E este é um apelo que a sociedade faz, que este cronista faz: diga não à violência!