Texto de José Hamilton Brito

Língua danada essa nossa. Perguntei outro dia, antes da realização do segundo turno, para um professor de Português, como ficaria se a senhora Dilma ganhasse a eleição para o mais alto cargo do executivo: teríamos uma presidente ou uma presidenta.
Eu já tinha ido ao pai...ao dicionário e visto o que diz o mestre Houaiss sobre o assunto e lá está que a palavra pode ser presidente para o masculino e para o feminino.
Li ainda que, segundo os assessores mais próximos, como Dilma sempre disse preferir a denominação presidenta, a regra deve ser esta e que a norma pode ser estabelecida em uma reunião da equipe.
E mais. Um senhor Fábio Arruda disse que presidenta é foneticamente feio mas que para agradar a madame, isso possa pegar.
Sendo um substantivo comum de dois o que definirá o termo é o artigo O ou A. Foi assim que a dona Areostina Pinheiro me ensinou...mas o Volp registra a palavra presidenta, tornando correta as duas formas.
Mas, porém que pode ser todavia ou contudo ou o próprio porém existe um senhor chamado Marcelo Onofre dizendo que no português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo, continua o Marcelo, o particípio ativo do verbo atacar é atacante; de pedir é pedinte, de cantar é cantante, o de existir é existente, e pergunta: qual é o particípio ativo do verbo ser? Responde: é ente.
Aquele que é : o ente. Aquele que tem entidade ( lembrei-me do Heitor Gomes, ele tem entidade, ruim mas tem).
Diz ainda: quando queremos designar alguém com capacidade para exercer ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Logo a pessoa que preside é presidente e não presidenta, independentemente do sexo que tenha.
Arremata : diz-se capela ardente, estudante, paciente,adolescente.
Pelo visto, não fica o termo a ser usado à mercê da vontade das pessoas,mesmo ela sendo president.... A ser assim, vira bagunça.
Nem bem tomou posse e já tumultua o coreto. Espero que fique por aí, senhora... Cristo! e agora?