sábado, 6 de novembro de 2010

Ai, Jesus!


Texto de José Hamilton Brito

Língua danada essa nossa. Perguntei outro dia, antes da realização do segundo turno, para um professor de Português, como ficaria se a senhora Dilma ganhasse a eleição para o mais alto cargo do executivo: teríamos uma presidente ou uma presidenta.

Eu já tinha ido ao pai...ao dicionário e visto o que diz o mestre Houaiss sobre o assunto e lá está que a palavra pode ser presidente para o masculino e para o feminino.

Li ainda que, segundo os assessores mais próximos, como Dilma sempre disse preferir a denominação presidenta, a regra deve ser esta e que a norma pode ser estabelecida em uma reunião da equipe.

E mais. Um senhor Fábio Arruda disse que presidenta é foneticamente feio mas que para agradar a madame, isso possa pegar.

Sendo um substantivo comum de dois o que definirá o termo é o artigo O ou A. Foi assim que a dona Areostina Pinheiro me ensinou...mas o Volp registra a palavra presidenta, tornando correta as duas formas.

Mas, porém que pode ser todavia ou contudo ou o próprio porém existe um senhor chamado Marcelo Onofre dizendo que no português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo, continua o Marcelo, o particípio ativo do verbo atacar é atacante; de pedir é pedinte, de cantar é cantante, o de existir é existente, e pergunta: qual é o particípio ativo do verbo ser? Responde: é ente.
Aquele que é : o ente. Aquele que tem entidade ( lembrei-me do Heitor Gomes, ele tem entidade, ruim mas tem).

Diz ainda: quando queremos designar alguém com capacidade para exercer ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Logo a pessoa que preside é presidente e não presidenta, independentemente do sexo que tenha.

Arremata : diz-se capela ardente, estudante, paciente,adolescente.
Pelo visto, não fica o termo a ser usado à mercê da vontade das pessoas,mesmo ela sendo president.... A ser assim, vira bagunça.

Nem bem tomou posse e já tumultua o coreto. Espero que fique por aí, senhora... Cristo! e agora?