domingo, 13 de março de 2011

Alterego



Você achou que estava prestes a presenciar o fim do Virando Jornalista? Nunca, pessoa mesquinha! NUNCA! MuááárraRRÁH! – by Paola Bracho.

Faltou inspiração. Faltou tempo. Mas sobrou competência! Transbordou CONFIANÇA. E aqui estou! Meu alterego, “Cine Negro”, “Paola e Paulina” e “Rute e Raquel” estão com tudo em mim!

Tá legal, voltando ao sapatênis furado que uso – humildade sempre – o motivo da demora pra postar e do alterego aflorado é a conquista do novo emprego após um MEGA processo seletivo. E daí? Aprendi que os psicólogos lucram por conta do pior sentimento possível: o medo.

"O medo derrota mais pessoas que qualquer outra coisa no mundo", disse
Ralph Waldo Emerson.

Saio de todas as zonas de conforto que me encontro. Passei em todas as entrevistas que fiz até hoje. Tenho 24 anos (ui, Má!). E não sou palestrante de autoajuda. E você?

Uma amiga esteve desempregada por MESES e desanimou de tudo e de todos por MEDO de tentar algo fora de sua área de formação. Medo de tentar. Arrumou um emprego. Na área. Começou no escritório com MEDO de não dar conta do recado. Meu conselho: compre um vestido vermelho, corte “franjinha” e seja Paola Bracho! GRITE: “EU SOU PAOLA. SOU UMA BRACHO!” – Alterego: muito melhor que qualquer livro do Augusto Cury.

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar", mandou William Shakespeare.

Um melhor amigo me disse que essa semana seria decisiva. “Vou resolver se continuo tentando e invisto no Jornalismo ou faço outra facu”, comentou. Faça! Essa não deu certo? Tente outra. Use a coragem da Raquel, deixe e Rutinha guardada por um tempo e dê uma surra no idiota do Tonho da Lua que te prende ao conformismo.

Enquanto passava pelas quatro etapas do processo seletivo – entrevista com psicólogo, gerente de comunicação, testes psicológico e redação, e entrevista socioeconômica – pensava nas possibilidades de conquistar a vaga ou não. Enquanto todos me diziam que já era minha, eu preferia não afirmar – humildade, humildade, humildade. Mas também não me colocava como péssimo candidato – vestido vermelho!
Qual o problema nos outros candidatos? Não sei. Não encontrei um deles sequer – nossa, então será que eu era o único para a vaga? Que nada. Uma jornalista tinha até indicação da gerência.

Estou me achando? TÔ sim! QuekiÉ? Você devia fazer o mesmo. E os psicólogos então seriam amigos, não muletas.

Sou da opinião que gente incompetente deve iniciar carreira aposentando. Incompetência é MEDO ou falta de capacidade? Capacitação existe e pode ser trabalhada, só depende do medo deixar você se matricular.

Depois da confirmação que fui o escolhido na seleção, veio o corre da documentação. A moça da loja de fotos 3x4 imprimiu vinte e uma cópias erradas para só depois me entregar as seis que pedi. Além de disparar quatro flashes em minhas córneas por ter esquecido o “cartão de memória (dela talvez)”.
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No Banco Presença, a AUSÊNCIA de funcionários em plena abertura da agência – cinquenta minutos esperando e desisti de ser atendido por aquilo. No exame admissional, os dois enfermeiros escreveram duas vezes meu nome no lugar do nome do médico na ficha de atendimento – 40 minutos pro doutor perceber isso e refazer tudo. No demissional sobrou competência. Após o pré-atendimento aos berros das atendentes com as setenta pessoas que estavam no lugar, o doutor – que me atendeu em dois minutos – me respondeu a duas perguntas: quantas pessoas o senhor atende por dia aqui? “220 pessoas”. Em qual horário. “Das sete às cinco”.

É cafona, sim, e não sei quem falou isso, mas "só erra quem produz. Mas, só produz quem não tem medo de errar".

Alterego tem que nos fazer bem. Em vez de conflito interno, comum acordo. Você confiante e sereno. Pode achar esse o texto mais babaca do VJ. Eu acho que ficou ótimo! Ó-TI-MO! MuááárraRRÁH! Enquanto isso, outra amiga telefona para os consultórios de psicólogos conveniados em seu plano de saúde.

Conhece seu alterego? O medo te domina? Comente no VJ e pode esperar que terá sempre mais...