quinta-feira, 10 de março de 2011

Resoluções de Ano-Novo



Pode parecer estranho falar sobre isso em meados do mês de março, mas me ocorreu escrever acerca de algumas das decisões tomadas por mim ao final do ano passado. Como boa pedagoga, costumo planejar (quase) tudo em minha vida, e sempre inicio o ano com uma listinha básica de deliberações para os doze meses que se aproximam.

Neste momento o item prioritário pra mim diz respeito aos cuidados com minha saúde. Isso inclui fazer atividade física regularmente, pagar um bom plano de assistência médica e manter uma alimentação saudável.

Essa repentina (e talvez excessiva) preocupação com a saúde não se deu apenas por ter completado “três oitão” no mês passado. Deu-se, sobretudo após vivenciar uma rotina exaustiva em hospitais em decorrência da descoberta de uma grave doença em um membro de minha família, em meados do ano passado.

Desde então passei a ver e conviver de perto com pessoas de saúde debilitada. A figura de meu irmão destoa totalmente dos demais pacientes, em geral, idosos. Isso significa que nem sempre juventude e aparência saudável representam saúde de fato. O mal se esconde e nos engana. Algumas doenças são silenciosamente cruéis, e quando nos damos conta, pode ser tarde.

Depois dessa convivência involuntária, eu, que me achava uma super mulher, jovem, saudável, sem nenhuma dor ou desconforto físico, passei a refletir sobre a fragilidade do corpo, nossa casa nesse plano material. A juventude acaba, o tempo nos enfraquece, deixando-nos impossibilitados de realizar atividades cotidianas básicas. Por isso é importante começar a pensar na velhice logo.

Aos solitários, tanto pior. Estar sozinho num quarto de hospital é deprimente. Aos que têm a sorte de uma família presente, precisamos nos cuidar, também, por amor a eles, porque a família sofre junto e sofre muito, se sacrifica e se vê impotente diante do triste destino que se abateu sobre seu ente querido.

Hoje sei que tenho a obrigação de cuidar de mim, correr 30 minutos na esteira, dormir bem, comer vegetais e frutas (ao invés de bacon e frituras), fazer exames regularmente e me estressar o mínimo possível. Isso porque não quero nem imaginar que meu filho um dia venha passar pela angústia de me ver hospitalizada. E minha mãe, minha irmã, meus avós, minhas tias e primos também não merecem outra porrada dessas.

Precisamos envelhecer bem, por isso vou começar agora o meu projeto de viver 100 anos com saúde e qualidade de vida. Recomendo a todos que façam o mesmo.
Saúde e paz!