sábado, 7 de maio de 2011
Mãe! Sou, devo-te
Mãe
A minha faleceu em 13.01.2001, no dia de seu aniversário.
Vivi ao lado dela, por muitos anos, até quando saí.
O alicerce estava pronto, as paredes erguidas, o telhado feito, o acabamento concluído.
Fico imaginando qual foi a reação dela, ao constatar a gravidez.
Sou o caçula. Éramos seis.
Aquela senhora, mãe de cinco filhos, grávida, depois de onze anos.
Quase avó da sua primeira neta
Madrinha de dezenas de afilhados.
Tia de uma plêiade de sobrinhos.
Grávida!
Alegria, vergonha, timidez.
Que diabos ela sentia?.
Além do amor.
Sim!
Amor de mãe.
Só quem o recebe, sabe o que é.
Um amor que gera, nutri e pari a vida.
Um dar de si.
Minha mãe!
Eu poderia ter sido apenas um óvulo fecundado.
Um feto abortado.
Uma criança abandonada.
Se sou, não fui.
Devo-te!
Fui amado!
rar.