segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Έπαινος της Τρέλας
Sou a divina mensageira de motivos para sonhar, mas se quiser saber meu nome, você terá de adivinhar, mergulhar dentro do espelho, se afogar na sensação, refletida em sua alma quando perdida a razão, que plantando sofrimento, em lamento, colhe dor, enquanto eu venho semeando a pura embriagues do amor, Promovendo o esquecimento de toda a dificuldade, com a volúpia dos sentidos que embelezam a realidade.
Estou no sorriso sincero da lunática inocência, do teatro das virtudes sou o pilar da existência, que suporta a sanidade, da plateia desvairada, com o sutil devaneio que serena a madrugada, eu sou a inspiração do artista, a obra prima do pintor, nos sonetos de um poeta a tradução do eterno amor, eu sou o fogo das paixões, sua arte e seus artifícios, do teto das catedrais a beirada dos precipícios.
aquela força inconsciente que te leva a caminhar, com o pesar da consciência de que só, nasceu para errar, eu sou a sombra que assombra a luz da sabedoria, e o caçador dos corvos negros que devoram a fantasia, eu sou as asas de Alcione, o sol de Ícaro sou eu, nos ouvidos de Melampo o som da lira de Orfeu, eu sou o Opio dos povos, e a cegueira da visão, a espada de Don Quixote nas entranhas do dragão.
Sou a arquiteta dos delírios, faço castelos no céu, navegue pelos sete mares em meus barcos de papel, ou a deriva siga o vento, e perdido sem direção, naufrague no oceano da própria incompreensão, pois só eu teço a ilusão, de que tudo isso é real, com o laço que une a trama entre a cela e o celestial, pois então filho de Adão, tome posse do que é Teu, olhe dentro dos seus olhos e me diga quem sou eu?