José Hamilton Brito
Humanizar, segundo mestre Aurélio: tornar humano, benévolo, civilizar...
Parece fácil fazê-lo segundo o enunciado, mas coloquemos complexidade quando se trata de exercê-lo uma vez que os homens se relacionam diuturnamente das maneiras mais variadas possíveis.
E então, como fazer?
É preciso primeiro que não nos conformemos com o que ocorre à nossa volta para fazer algo acontecer...é preciso que tenhamos uma tomada de consciência.
Qual a pergunta a ser feita:
_Eu posso melhorar como ser humano ? Se posso, o que devo fazer?
Como eu sou? Sou otimista, alegre, amo ao meu próximo, tenho muitos amigos, me relaciono bem com eles, tenho uma atividade estável, sou feliz nela. Sendo todas as respostas afirmativas, você é uma pessoa de bem com a vida e consigo.
Você está preparado para o segundo passo: dar algo de você para alguém, pois conhecendo a sua natureza pode entender melhor a tudo e a todos.
Claro “ Se não nos tratamos com amor e se não nos amamos, não temos amor para dar, pois ninguém dá algo que não tem”.
Infelizmente são poucas as pessoas que se predispõem a atitudes humanitárias como fruto de um processo lento e consciente; muitas lançam-se a fazer bem depois de fatos traumáticos nos quais correram riscos, tiveram muito medo e depois de muitas promessas.
Assim também é bom, mas fazê-la naturalmente, é melhor.
Teoricamente, uma beleza.
Muitas vezes você se verá no limite das suas forças, vai querer largar para lá e quando isto acontecer, não se assuste. Aconteceu até mesmo com figuras que hoje estão nos altares.
Por falar em altares, a religião é um caminho importante no processo de tomada de consciência, de novas posturas a atitudes de humanização.Seja ela qual for terá como base o amor ao próximo e propostas de paz tão necessárias a quem queira fazer o bem, doar-se em benefício de outrem.
Eu não sei de onde peguei a frase a seguir, mas lendo-a logo coloquei no meu arquivo FRASES que mantenho no meu computador:
“ Tenho para mim que o amor é o que há de mais importante no mundo. Analisar o mundo, explicá-lo, menosprezá-lo, talvez caiba aos grandes pensadores. Mas a mim me interessa exclusivamente que eu seja capaz de amar o mundo, de não desprezá-lo, de não odiar nem a ele e nem a mim mesmo, de poder contemplar a ele, a mim, a todas as criaturas com amor, admiração e reverência”
O porquê deste artigo?
Vocês já ouviram falar da Ong Make-a-wish ou faça um desejo?
Pois bem, ela se dedica a realizar sonhos de crianças gravemente doentes. Só em 2009 mais de 20.000 pacientes com linfomas, leucemias, doenças degenerativas foram atendidas em todo o mundo.
Seu trabalho é desviar o foco da doença para alguma coisa que possa dar-lhes esperança e uma grande parte dos doentes, sobrevive. Um desejo realizado de conhecer o Pato Donald, na Disney ou a Xuxa, na Globo, realizou o grande milagre da cura.
Pensar positivamente, ver o mundo com otimismo, agarra-se à vida para ver concretizada algumas premissas bíblicas: a fé remove montanhas ou a tua fé te curará ou ainda ajuda-me que eu te ajudarei.
Aprendi que o homem é um iluminado por natureza, mas nem sempre a luz aparece naturalmente nele e muitos terão que buscá-la com mais afinco que outros; assim ensinava o professor Franco nas aulas de filosofia. Acho que não prestei muita atenção nas suas aulas uma vez que não fiquei iluminado a contento, pois não pratico a caridade como deveria.
Mas eu continuo a me perguntar todas as manhãs: posso melhorar um pouquinho mais hoje?
Mas será que deveria ou devia ser mais caridoso?
Quero ver se você sabe...