quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Anjo Bom Vs. Anjo Mau


Cris Henriques

Não sou uma pessoa perfeita, nem físico e nem interiormente. Tenho defeitos e virtudes, como todos. Dessas características, qual delas estão mais evidenciadas? Virtudes ou defeitos?

Não sei. Nós seres humanos, raramente conseguimos ter um juízo imparcial acerca de nós próprios e também não temos o adequado sentido de justiça nem connosco, nem para com os outros. Umas vezes, somos demasiado inflexíveis, outras demasiado flexíveis. Onde fica então o meio-termo?

Não sei, este não parece existir. Às vezes, parece até nunca ter existido. Contudo, é importante que encontremos um ponto de equilíbrio. Sou uma pessoa calma, pacífica, compreensiva e paciente. Mas serei assim com toda a gente?

Não, só com algumas pessoas. Com outras, sou demasiado dura e muitas vezes incoerente, principalmente, quando me tentam enganar, ou me mentem. Isto acontece quando fico desiludida e depois, nada mais será como antes… A confiança naquela pessoa dá lugar à desconfiança, à irredutibilidade, à incoerência e ao sarcasmo.

Sou como uma fera ferida, nestas situações dando mais ênfase ao meu lado negro. Todos temos um lado negro e um lado puro, um lado negativo e positivo, etc. Todos somos como a moeda, temos dois lados, o lado bom e o lado mau.

Sei que não deve ser assim, devemos perdoar os outros, pois todos erramos e nós não estamos imunes de cometermos esse mesmo erro, ou qualquer outro. Não somos seres perfeitos, se fossemos não estaríamos aqui.

Quando era criança, acreditava que cada pessoa era protegida por dois Guardiões, um era um Anjo Bom e o outro era um Anjo Mau.

O Anjo Bom transmitia-nos pensamentos benéficos, como o Amor, a compreensão, a paciência e a indulgência, o perdão, o dar a outra face, criar harmonia. O Anjo Mau, transmitia-nos pensamentos e sentimentos completamente opostos, originando situações de desconfiança, desarmonia, ciúmes, inveja e orgulho.

Contudo, à medida que crescíamos íamos escutando e seguindo esses Guardiões até ao momento do desencarne e, dependendo das nossas acções e escolhas, teríamos recompensas agradáveis, ou não.

Recentemente, descobri num livro espírita de Allan Kardec que de facto é assim no decorrer da nossa vida. Eles de facto estão sempre connosco desde o nosso reencarne. A sua força aumenta e enfraquece, conforme as decisões que escolhemos e atitudes que adoptamos.

E isto, é verdade. Nunca sentiram que alguém fala no vosso ouvido impulsionando-nos para alguma coisa e só paramos de ouvir essa voz, quando fazemos o que ela nos diz, não é?

Cuidado então nas escolhas que fizerem e se tiverem dúvidas, façam uma oração a pedir orientação. Deste modo o Bem vence o Mal, pois estamos o nosso Anjo Bom e enfraquecendo o Anjo Mau!