quarta-feira, 20 de março de 2013

Amor moribundo


Anderson Oliveira

Não me queira a morte sem nenhum motivo,
tampouco vanglorie-me por tal valor...
Nem deveras seja este o meu castigo;
por viver contigo tão sofrido amor.

Nem me seja auferido tão divino dom,
nem os versos tristes que compus agora.
Ei de vagar louco pelo mundo afora,
e pensar em nada que foi prometido.

E se for meu fim o silêncio agudo
do meu coração cansado e vazio...
Que me leve a morte como regozijo;
há de ser de amor este moribundo.