sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Educação e relações interpessoais: diferentes mundos na construção do conhecimento


Escola é mesmo um caso sério, essa diferença de mundos todos num mesmo espaço encanta, fascina e causa medo, assusta e ao mesmo tempo cativa quem faz parte dele; discordâncias são comuns nesse ambiente, diversas vezes tenta-se brigar com o sistema e confunde-se com briga entre pessoas.

Certa vez, lendo em algum lugar, vi a história de uma pessoa que tentava tratar a todos de forma igualitária e toda vez que essa pessoa era maltratada trazia sempre um sorriso nos lábios e perguntada sobre o motivo de aguentar várias injustiças a sua resposta foi muito interessante: "essas pessoas não estão brigando comigo, pois elas sabem que eu faço meu melhor, elas estão revoltadas com o sistema, que por diversas vezes complica o que poderia ser mais simples, elas não me conhecem, então não tem razões pra me tratar mal" é admirável quando um funcionário consegue separar o pessoal do profissional, coisa rara nos dias de hoje, quando consegue se colocar no lugar da pessoa que pede ajuda e tenta facilitar a vida dela, e quando o assunto é sala de aula então?!

NOSSA! ai complica mais ainda! As transformações sociais têm sido cada vez mais frequentes em nosso cotidiano, tanto dentro das próprias famílias quanto na escola. O jovem passa a receber estímulos variados que o envolvem e que começam a fazer parte de sua vida, sem o questionamento necessário para que esses estímulos sejam benéficos para o seu desenvolvimento integral.

Essas transformações levam pra escola mais uma obrigação, que alguns professores não entendem ou mesmo não "aguentam" MATURANA, chama-nos para a aplicação da biologia do amar onde educação muito mais que conteúdos se faz com sentimentos, sentimentos que muitas vezes são abalados com problemas familiares e essas pessoas são empurradas no que Josué Gonçalves chama de ciclo do ódio, que precisa ser quebrado! Como a escola é um espaço social de grande número de pessoas, é normal que aconteçam os conflitos.

O que não pode ser comum é o desprezo em relação aos incômodos, pois esses devem ser trabalhados a fim de tornar os sujeitos mais tolerantes com o seu próximo. Como escola, devemos perceber que as diferenças existem sejam elas sexuais, intelectuais, culturais e até mesmo na forma de encarar a vida e Muitas vezes, se esses estímulos não forem trabalhados de forma adequada, podem ser incorporados de forma negativa às necessidades desses jovens, trazendo consequências como o mau aproveitamento de oportunidades, o empobrecimento de valores, o desinteresse escolar, indisciplina, entre outros.