domingo, 4 de setembro de 2011

Quem não vota, vaia



O poder do Estado é provisório e limitado. Quando a classe política dirigente silencia sobre os fatos históricos que escandaliza e prejudica a sociedade, já não consegue evitar a desintegração desse poder, e quando inicia uma guerra contra a imprensa é sinal latente de que o fim se aproxima.

Un passant nos ensina R. Corbisier: ”Como é óbvio, não há democracia sem oposição e não há oposição sem crítica e não há crítica sem liberdade”.

A coragem do prefeito pautando as votações na Câmara, segundo seus interesses, ‘privatizando’ a empresa de água gerou uma insegurança trabalhista entre os seus funcionários protegidos, no governo e na câmara. É bom lembrar que, empresa privada não tem cargos comissionados, e eles serão os primeiros a conhecer o olho da rua.

Coragem, não significa força política, pode ser blefe. Os apaniguados municipais ao aplaudirem os vereadores da bancada governista, pela ‘vitoriosa’ votação que liquidou a possibilidade de consulta popular para definir o futuro do Daea, abalou Araçatuba. Atitude que nem o famigerado Berlusconi, que prefere deixar a Itália, se atreveria promover.

A única vereadora do Partido dos Trabalhadores na Câmara perdeu a chance de atirar o sapato em quem propôs a concessão da nossa autarquia. Ela não deveria, mas aceitou e defendeu os argumentos venenosos que desmoralizou, perante a opinião pública, a nossa empresa de água e traiu.

O silêncio do PT decepciona. Usaram a história do partido, seu discurso e seus símbolos para aplicar um estelionato político. O Departamento de Água e Esgoto de Araçatuba é do povo, e o governo por obrigação deveria resguardá-lo.

O poder do Estado é provisório e limitado. O eleitor, que é obrigado a votar, tem um velho compromisso nas próximas eleições. Novamente trocar todos: Prefeito, vice e vereadores. O Brasil é o país que mais troca seus ‘representantes’ políticos no mundo. Não é um voto de revolta, ou de vingança é um voto necessário. Quem não vota vaia! Poderemos ser enganados por outros políticos, mas nunca mais pelos mesmos.